UM CACTO
- Denise Zimmer
- 26 de jan.
- 1 min de leitura
Ultimamente, me perguntei:
_ Quem perdeu?
Cada vez mais claro o quanto fui/sou uma grande perda... lembrei do meu valor. Todas as doações, o tempo, o cuidado, as coisas que ninguém mais faria, toda vez que fui (inclusive) o homem da casa...
Ouvi que pareço bem em pouco tempo, é verdade.
Hoje, me sinto ótima em estar "só". Só da cia de macho... nada mais. Tenho amigos maravilhosos e colos que não precisei pedir, usei a fé que disse ter e me dei tempo.
Não me sentiria bem saindo dum relacionamento p/ entrar noutro. Muito menos, seria feliz iniciando um, estando ainda no anterior... (né? tsts cada um, cada um) tenho preguiça em conhecer homens, sem pressa. Tô utilizando o crédito p/ refletir (sim), p/ me enxergar, p/ não fazer nada ou o que quiser. São férias de organização interna... porque ninguém merece receber bagunça como se nada tivesse acontecido. Fosse o contrário, seria algo ilusório, patético e covarde; de quem adia frustrações próximas... eu fora, rapá.
Agora que curti meu espaço, silêncio ou música que quiser, não há pessoa que preencha um vazio que não há (mais).
Estou cheia de mim, cheia de vida. Recado: o deserto não foi suficiente p/ secar minha flor, um cacto.
Grata em cada lição. Não só do último acontecido, mas da vida toda... com quarenta e pouco, tenho história p/ oitenta(pois é, pois é, pois é) superação.
Primeiro me queixo, sofro, não entendo... depois, agradeço.




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